19/01/2010

Tempestade

Sopra, vento. Cai, chuva. Rebentem, ondas e trovões. As paredes escorrem de água, os cantos inundados. A cama estremece, como que viva. Os lençóis ensopados, húmidos do fervor febril. Soltam-se palavras trémulas, esbatidas, perdidas em tremores. A alma quente, ébria e descontrolada. Os corpos colam-se, não doentes, mas ardentes, fundem-se, confundem-se, a mão dele, o seio dela, a boca, a língua, um mar de pele e água, interminável e ondulante. Oh maravilhosa tempestade… sopra, bate, parte toda a noite, envolve-me no teu abraço turbulento, arrebata-me pelos ares em rodopio, parte-me o corpo até não restar nada! Que quente o teu vento, que doce a tua chuva…

2 comentários:

Anónimo disse...

Está melhor!! Muito melhor...

O que faz falta é ...temperatura,é emoção. E estas não fazem mal a ninguém.

Gostei muito

p/s: Hoje não foi feriado?!

O Estranho disse...

feriado? em que país?