19/04/2005

Carência

Acabei de chegar, vindo não sei bem de onde. Sei perfeitamente quem lá esteve comigo, mas é com quem não esteve lá que quero falar. Entro em casa, tiro as sapatilhas ("Sempre as mesmas!"), afago a cabeça do meu cão que me olha de lado como se dissesse "Já posso dormir sossegado? Aproveita para fechar a porta do jardim, tenho frio! Prometo que não faço nada durante a noite." - os olhos do meu cão são muito expressivos. Entro na cozinha e como um cacho de uvas, enquanto volto a lembrar-me de que realmente tenho saudades de jogar futebol no Castêlo. Subo ao quarto, às escuras. Vejo que a televisão dos meus pais ainda está ligada, mas não digo nada, algum deles pode já estar a dormir. O meu quarto... Olho para a cama. Terrivelmente vazia! Uma frase que disse há algum tempo repete-se agora na cabeça: "Quem me dera que estivesse ali alguém à minha espera" ou, melhor ainda, "Quem me dera que estivesse alguém ao meu lado a preparar-se para também se deitar naquela cama!" Enfim...

O que farias se te agarrasse neste momento e te beijasse?

2 comentários:

Anónimo disse...

Sítio errado!! Estava na cadeira à frenta do computador à espera de um novo texto pa saber como anda a mente estranha deste blog...;)

Damon disse...

pa, se tu fizesses isso, eu ficava chateado. com certeza que ficava chateado...