1ª página de um trabalho de seminário sobre tradução de poesia...
A poesia está mais profundamente enraizada na nossa consciência do que nos apercebemos. Desde cedo, somos embalados ao som de palavras carinhosas, sussurradas ao de leve pelos nossos pais para conseguirmos adormecer; na escola, criámos lenga-lengas com rimas para nos ajudar a decorar reis, rios, gramática e até a tabuada, que, recitada num certo tom, parece surgir melhor na nossa cabeça.
Todos nós tentámos, em algum ponto da nossa vida, ser poetas. Seja porque aquela pessoa especial nos tratou mal e lá fomos nós a correr fecharmo-nos no quarto a escrever linhas e linhas de disparates (ou não), seja porque um dia acordámos e pensámos “Ei, eu acho que tenho qualquer coisa a dizer ao mundo!”.
Não se sabe ao certo quando nasceu a poesia. Talvez com a escrita, talvez com o próprio homem. Sabe-se que fascina, que faz sonhar, que por vezes acalma e por vezes desperta a mais profunda das tristezas. Fala de Amor, de Morte, de Solidão, de tudo o que existe e até do que não existe, dos nossos sonhos. Mas a verdade é que é impossível definir ao certo o que é poesia. Segundo o dicionário, a poesia é um substantivo feminino e “1 – arte que se distingue tradicionalmente da prosa pela composição em verso e pela organização rítmica das palavras, aliada a recursos estilísticos e imagéticos próprios; 2 – composição literária em verso; 3 – conjunto das obras em verso, escritas numa língua ou próprias de uma época, de uma escola literária, de um autor, etc.; 4 – característica poética que pode estar presente em qualquer obra de arte; 5 – carácter daquilo que, por ser considerado belo ou ideal, desperta uma emoção ou sentimento estético; 6 [fig.] harmonia; 7 – [fig.] inspiração (Do grego polesis)”.
Seguindo esta ordem de ideias, eis então um poema:
Ei, eu acho que tenho qualquer coisa a dizer ao mundo!, de O Estranho.
Não se sabe ao certo quando nasceu a poesia.
Talvez com a escrita,
Talvez com o próprio homem.
Sabe-se que fascina,
Que faz sonhar,
Que por vezes acalma e por vezes desperta
A mais profunda das tristezas.
Fala de Amor,
De Morte,
De Solidão,
De tudo o que existe e até do que não existe,
Dos nossos sonhos…
Sem comentários:
Enviar um comentário