Possível prólogo de um hipotético romance
Rita acaba de sair do banho. Está no quarto, a vestir-se, com o corpo ainda frio, quando o telemóvel toca. No visor, as palavras “DANIEL-CASA” fazem-na soltar um “O que é que este quer agora?!” antes de atender.
- Estou? Que queres? Não posso falar agora.
- Rita? É o João. Não podes mesmo falar? É importante… - ouviu-se do outro lado.
- João?! Mas… Estás a ligar de casa do Daniel?
- Sim. Eu… tenho uma coisa para te dizer… É sobre o Daniel… Podes falar?
- O que é que foi agora? Ele ainda não percebeu que não quero falar com ele?!
- Rita… O Daniel morreu.
- O quê?!
- Ele teve um acidente de carro.
- Estás a brincar!
Rita sabe que João não está a brincar. Os soluços que começa a ouvir provam-no. O Daniel morreu. Num acidente de carro. “Espera… Ele não faria isso…”
- João, desculpa, eu sei que isto não é fácil e, apesar de tudo, lamento a morte dele, mas… O Daniel ia sozinho?
- Apesar de tudo?! Mas tu estás louca?! Ele era teu amigo!
- João, ele ia sozinho ou não?!
- Ia! – João desligou assim que respondeu. Rita não sabe o que pensar. Quer sentir-se indiferente, mas a verdade é que sente uma profunda tristeza com esta notícia. “Ele ia sozinho…” Enquanto pousa o telemóvel na cama, não tem a certeza do que há-de pensar. “Ele ia sozinho…”
As únicas certezas de Rita são que o Daniel não morreu, suicidou-se, e que ela foi um dos principais motivos para o suicídio.
1 comentário:
Demasiado triste >_<
Já sentia uma simpatia pelo Daniel! =P
O mais facil já está... falta o resto.
Força nisso!
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